domingo, 30 de janeiro de 2011

Precisa-se de terapeuta

Eu estou muito certa desta resolução, eu preciso de uma terapeuta, novamente.
A primeira vez foi aos 7 anos, o trauma, o desgosto.
A segunda, lá pelos 16, o conhecimento, a sutileza, pra que não dizer, também a inércia e a inutilidade.
A terceira vez, tratamento intensivo. Muitas mudanças, centralizar, realinhar.
Agora? Agora é mais um polimento que, no entanto, é necessário.
O meu novo estágio, no reassentamento das famílias da Vila Dique tem sido, de qualquer forma, um divisor de águas. Para suportar tamanha carga emocional que conseqüentemente exige tamanha grandeza de espírito, só polindo muito!
Na verdade, eu teria três opções: remedinhos da felicidade, passar para uma carteira de cigarros ao dia, ou terapia. Resolvi ficar com o último.. me pareceu boa opção!
Restam os últimos ajustes.. há ainda algumas coisas a resolverem-se na minha agenda para que eu possa me comprometer, mas é uma decisão tomada. É fato.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O meu presente

Um dos grandes erros que eu cometo é viver no futuro. Por conta disso, acho que poucas vezes vivo e sou grata pelo meu presente. Quer dizer, eu agradeço a Deus pelo meu presente, mas acho que não o contemplo o suficiente.
Será que eu vou me casar? Será que terei filhos? Será que vou arrumar um emprego que me faça feliz?
E quando eu for velha, como vai ser? Será que ficarei doente? Terei companhia? Será que eu vou ter câncer?
Por isso hoje eu vou fazer uma lista de agradecimentos pelo meu presente.
O dia que eu me casar ou sair daqui, sei que vou sentir falta de assistir filmes e comer cachorro quente com a minha irmã. Vou sentir falta de chegar em casa e ver os meus pais. Vou sentir falta da minha mãe pendurar uma botinha de Natal na minha porta.
O dia que eu vou velha, vou sentir falta desse corpo que na maioria das vezes eu considero imperfeito. Vou sentir falta da agitação e da falta de tempo.
Eu vou sentir falta da faculdade, do estágio, dos colegas do meu dia-a-dia.
Obrigada Deus, pelo meu presente. Por favor me faça prestar mais atenção e reverência a ele.

E, meu amor, espero que de ti eu não sinta falta.
Espero que tu esteja ao meu lado no próximo ou longínquo futuro.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O mais tarde

O meu passar denovo não tardou muito. A prova é que estou lançando os dois posts no mesmo momento, apesar de terem sido escritos em dias diferentes. Ler Comer, Rezar, Amar (a citação no outro post me entregou), tem revelado muitas coisas sobre mim a mim mesma. Uma delas é que também sou como um macaco frenético, inquieto, que precisa de tarefas e prioridades estabelecidas. De modo geral, se estou ocupada, estou estressada e buscando momento de ócio e paz, onde eu consiga aproveitar um pouco mais da vida e me concentrar um pouco mais em mim mesma; mas, se tenho esse espaço de desocupação, fico imediatamente ansiosa e angustiada, não consigo saber de fato o que é que eu busco, fico confusa com o ócio e a angústia me afasta de qualquer paz ou foco.
Uma vez que eu admita que, sendo um macaco, preciso de prioridades estabelecidas e distração ativa, não consigo, no entanto, descobrir quais são minhas prioridades – até por não saber qual é minha prioridade fundamental e meta de vida (que bom assunto para uma pesquisa!). quando isso acontece, eu tendo a buscar respostas na espiritualidade, já que se a morte é, senão uma meta, pelo menos uma finalidade indiscutível da vida, talvez a vida seja uma preparação para a morte e para o que vem depois dela.
Acontece que, apesar de acreditar em Deus e na eternidade da alma humana, não consigo me deixar convencer pela dualidade céu x inferno cristãos, reencarnações espíritas, ou pela idéia de estar em contato com Deus pelo esvaziamento da mente, como pregam a maioria das religiões orientais.
Minhas crises emocionais talvez advenham então, da minha falta de finalidade/meta/entendimento da vida. Ao meu ver, existem 3 tipos de pessoas: as que são completamente cegas e distantes a respeito desses questionamentos; as iluminadas, que conhecem exatamente qual é o seu lugar/papel neste mundo e existência; e as perdidas como eu, que batem a cabeça por aí de modo muito doloroso. Freud diria: cresça! Tu és um ser faltante, como todos os outros (mentira), lide com isso! Algumas religiões diriam: entregue-se! Este complemento e sentido de fato existe na segurança e estabilidade de nossos regramentos e convicções. Algumas pessoas diriam: esqueça isso! Causa sofrimento demais! Viva a tua vida e procure ser o melhor que tu puder ser!
Nenhuma delas me convence. E eu permaneço à margem, no caminho do meio – não asfaltado, em cima do muro, tentando me equilibrar.

Mais um fim de ano

Uma constatação: as baratas não tem medo, elas sempre vem desafiadoramente na tua direção.

Em mais um fim de ano, próximo do verão, eu me encontro extremamente estressada, irritada, exausta, exatamente da mesma forma como eu me encontrava há um ano atrás. Obviamente minha situação não é tão crítica. Meu relacionamento é certamente mais estável, saudável e feliz que o da época, eu estou empregada, consegui certas regalias com os professores para embarcar em um temporário; mas pelas indefinições do próximo semestre, minha psique reage da mesma forma ou pior, já que não tenho muito ninguém para culpar a não ser minha própria “fraqueza emocional”.
Eu tenho uma tendência horrível à ansiedade e angústia. Se isso ao menos me desse algum dinheiro, como à autora de Comer, Rezar, Amar quem sabe seria razoável, mas até onde eu percebo, isso só faz eu “empobrecer” mais.
Eu tinha começado uns 3 posts leves para este novo blog, mas acabei não postando nenhum, e agora posto esse, o que determina que jamais serei popular com meus blogs. Eles sempre acabam se tornando minha terapia individual. Eu não tenho nenhuma centelha de cunho jornalístico ou de entretenimento.
Minha espiritualidade têm sido ponto chave nesse processo mas, como todo o resto, eu não sei bem que caminho seguir. De todo modo eu voltei a orar freqüentemente e ter um apoio incondicional do meu Deus segura todas as minhas intermináveis pontas.
Eu pensei em discorrer mais demoradamente sobre as minhas perturbações atuais mas já passou muito das 3 horas da manha e eu preciso dormir. Outra hora passo denovo por aqui.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

ZERADA!

Zeram-se as expectativas, zeram os contatos, volta o prazer!
Quem acompanhava meu antigo blog viu que nos últimos tempos eu estava escrava do escrever. E então, nos últimos meses, eu abri mão deste hábito – mesmo no fiel companheiro “palavras ditas em horas oportunas”.
Eu tenho até um pouco de vergoinha de falar, mas eu abri mão de muitas cobranças antigas e mais ‘cults’ nos últimos meses, e me rendi a várias outras bem menos cults, mas novas e divertidas!
Eu não escrevi, eu li apenas um livro não-psicológico neste semestre, eu não fui às sessões costumeiras na UFRGS de filmes franceses e afins, eu não fui uma vez sequer a quaisquer dos museus gaúchos. Em compensação, eu comecei a fazer ginástica, fui diversas vezes no cinema comer baldes imensos de pipocas e ver filmes idiotas, assisti “Se beber, não case” – um clássico das massas populares e, pasmem, me tornei assídua na Stuttgart – por que é espaçosa, por que toca pagode, funk, hip hop, pop (e outras coisas que tu nem sabe o que são) e por que no sábado, mulher não paga e o ingresso de 35 dinheiros pago pelo namor viram 50 dinheiros em consumação e garantem a nossa bebedeira da noite!
Sobre a ginástica, cabe a tirinha fantástica:
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Ahahaha.. okay, é mais uma novidade – aprendi talvez a tirar mais sarro – ainda – de mim mesma e a me preocupar – menos ainda – com o que os outros pensam.
Com certeza o namor tem intensa participação neste processo. Eu poderia dizer que o apresentei ao mundo adulto e ele me apresentou ao mundo real! Ahahaha.. mas isso é assunto pra outro post.
O assunto deste é o restart (LOL) e a nova proposta do blog. Quais sejam: falar merda, dizer o que me vem à mente, tratar sobre todo e qualquer assunto abolindo as categorias (nunca sabia onde colocar cada post), não ser assídua em nenhum blog amigo – ou seja – se eu não ler e comentar o seu post, não vou me sentir culpada, fellow.
Estou animada! Estava sentindo falta deste espaço!
Tomara que seja produtivo – e produtivo tem um conceito bem diverso na minha cabeça!

Welcome again!

PS: por que raios o blog tirou a opção postar imagem? vide linux: como fasss///? ^^